quinta-feira, 6 de agosto de 2009

'Se fizesse a mesma coisa me sentiria morta', diz Pitty sobre novo disco !

Texto: Lígia Nogueira
Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Musica/)

“Se fizesse sempre a mesma coisa, eu me sentiria morta”, resume Pitty. Prestes a completar 32 anos em outubro, a cantora baiana adiciona elementos mais dramáticos ao repertório de seu terceiro álbum, “Chiaroscuro”, que chega às lojas no dia 11 de agosto pela Deckdisc. O título do sucessor de “Admirável chip novo” (2003) e “Anacrônico” (2005) define todo o conceito do trabalho. Além de significar “claro e escuro” em italiano, a expressão dá nome a uma das técnicas de pintura de Leonardo Da Vinci. “A gente sempre muda, e isso não depende tanto de idade”, diz. “É claro: quanto mais idade, mais mudança, mais maturidade, e mais paranoia. É engraçado porque a gente vem sendo preparada para chegar aos 30. Teve Balzac e todo mundo fica naquela de ‘crise dos 30’. Isso vai ficando no nosso inconsciente, mas quando chegamos lá é uma decepção”, desabafa a artista, que reflete sobre o tema em “Desconstruindo Amélia” – “resultado de uma investigação com as amigas” que foi incluída no disco. Reflexões sobre o ser humano, aliás, são tema recorrente em “Chiaroscuro”, trabalho produzido por Rafael Ramos e que levou quatro anos desde o disco mais recente de Pitty para sair. “Para os moldes ‘fastfoodianos’ de hoje em dia, quatro anos é muito tempo", diz. A formação atual de sua banda inclui ainda Duda (bateria), Joe (baixo) e Martin (guitarra).

Entrevista
G1 - Você mantém uma ligação direta com os fãs na internet.
Pitty - Aprendi a fazer post no Twitter pelo celular, agora já era. Acho legal e espero que o Twiter não fique como o Orkut, que virou uma terra de ninguém. Internet tem essa desvantagem. O bom é não ter intermediários, as pessoas ficam sabendo de coisas a respeito do meu trabalho da minha própria boca, evita ruído na comunicação. É aquela história, quem conta um conto sempre aumenta um ponto.

G1 - Vocês gravaram o disco todo em casa pela primeria vez. Como foi a experiência?
Pitty - Foi uma aventura, a gente não sabia se ia funcionar. Fomos na contramão de tudo o que todo mundo fala que tem de ter pra gravar um disco, em termos de sala, de separar os instrumentos, que para gravar a voz tem de ter aquário... Subvertemos todos os conceitos, não fizemos nada disso. No final das contas descobrimos que era uma forma mais orgânica de se fazer as coisas. Quando gravamos as primeiras músicas vimos que estava soando pra caramba. Foi a melhor coisa que a gente podia ter feito, valeu a pena ter corrido o risco.


G1 - Por que escolheram uma pintura em tela para a capa?
Pitty - A artista plástica Catarina Gushiken pintou um quadro durante as sessões de gravação. Levamos um painel gigantesco e montamos no estúdio. Foi lindo de ver. Conheço a Cata há muito tempo, desde que ela era estilista da Cavalera. Uma pintura dela específica em preto e branco me chamou anteção, porque a gente já estava nessa de chiaroscuro. Até então, a idéia era fazer uma capa totalmente branca. Seria o nosso “álbum branco”.

G1 - O título do álbum reflete a sonoridade da banda. Houve uma preocupação em equilibrar baladas e faixas mais pesadas no repertório?
Pitty - O nome do disco veio para endossar a sonoridade. Não houve uma preocupação em ficar dessa forma. A gente constatou que tinha ficado assim, não teve uma intenção. Pra mim, música calma ou música rápida, não faz diferença. O que importa é que a gente goste e esteja feliz com ela.

G1 - Faixas como “Água contida” apontam mudanças de direcionamento na sonoridade da banda, você concorda?
Pitty - Quando escrevi “Água contida” [inspirada numa ária da ópera "Carmen", do francês Georges Bizet] eu já tinha a ideia de que seria um tango e que teria violino, porque eu achava que isso combinaria com a carga dramática da letra. A canção era tipo uma “drama queen louca”. Meu esquema é não ter esquema, é estar sempre brincando com algo que me divirta. Odeio fazer a mesma coisa o tempo todo, me sinto morta. Sempre gostei de coisas assim, só que às vezes você não sabe como fazer, não pinta a hora certa.

G1 - Quais foram suas referências musicais?
Pitty - Gosto de muita coisa diferente. Do mesmo jeito que eu adoro Queens of the Stone Age, eu também amo Schumann. Gosto de música clássica, eu estudei em conservatório. Adoro Billie Holiday e Pantera. As pessoas nunca vão saber de fato do que você gosta, porque são poucas linhas para falar de tanta gente. Essas coisas sempre apareceram em doses homeopáticas no meu trabalho. “Sombra”, por exemplo, tem um climinha, é mais hipnótica, como um mantra.

G1 - “Todos estão mudos”, que fecha o disco, é uma crítica a alguma situação específica?
Pitty - Nesse caso, eu fiz primeiro a parte instrumental. A harmonia toda, o riff. Quando ficou pronta, descobri que era uma canção de guerra, tinha um clima épico meio Sérgio Leone, e ao mesmo tempo meio tribal. A letra tinha de ser um hino, tinha de ter a mesma pegada. Aproveitei pra desabafar uma sensação que eu tenho de que na minha geração ninguém fala nada. As pessoas têm medo de dar opinião, porque o fato de ter uma opinião sobre alguma coisa virou ofensa pessoal. Você tem de ser politicamente correto o tempo todo, não ofender ninguém, não fumar, não beber e não nada. Isso me deixa aflita, porque acho que não é verdade, está todo mundo se reprimindo pra caramba. Aí veio a brincadeira com o Roberto Carlos. Se na época dele ele achava que todos estavam surdos, acho que na minha está todo mundo meio mudo.

2 comentários:

Jéรรy disse...

nossa cara..! se eu for copiar e colar td o q eu achei lindo nessa entrê, eu vou colar ela intera (y) hauaaauahuah

putz, ao mesmo tempo q a pitty se mostra tão madura, ela tbm se mostra tão menina *-* meiiga *o*
acho q é isso que chama a atenção nela *---*
ai na boa, ela é perfeita e pronto.

p.s.: ameii a frase de destaque dela *o*
nossa, eu meio q sou q nem ela nessa partee :D

nossa amiga, to amando seu brog!! *---*
minha fonte diária de informçaõ pitty :D

aah! na hora q ela falou do twitter, q dá pra postar até do cel, e disse que agora já era, eu raxeey!
e eu fico imaginando como o cel dela dever ser super básico sabe *lalala*
hauahauhauha

bjuuuxxxxxx
:**

Jéรรy disse...

"Signo de áries, apaixonada por jeans e roupas descoladas, viciada em música e revistas. Aspirante a jornalista/ escritora :D"

qe luxooo q eh essa garota genteemm!
pq ela PODE, vcs estão ouvindo seus pobres mortaiis (h)
cortem seus pulsoos e se afoguem no balde!!
hauaahauaahuahaau

to bege com esa descriçãoo amiiga *---*

brilhaa brilha ameega *o*

:*