Pitty está lançando o seu terceiro disco de estúdio. O nome do álbum, Chiaroscuro – palavra em italiano para claro e escuro – reflete o conceito que a cantora usou em seu novo trabalho. O disco apresenta uma Pitty hora mais pesada e visceral, hora mais leve e sutil, mas de qualquer forma com a mesma pegada que lhe é característica. Entre as influências do CD estão soul, tango, bolero, música erudita e, claro, rock. Durante o Altas Horas, deste sábado, Pitty falou sobre o lançamento, a música que mais a marcou sua carreira, deu dicas para bandas que estão começando e ainda cantou as músicas Me Adora, Água Contida, com a participação de Hique Gomes, do Tangos & Tragédias, e Pulsos.
sábado, 29 de agosto de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
O namoro de Pitty com Daniel Weksler, baterista da banda NXZero, vai muito bem, obrigada. E casamento? Será que os pombinhos "rock n'roll" pensam em trocar alianças e subir no altar? Pois, o Famosidades tirou a história a limpo com a própria cantora.
"Casamento não. Na verdade, nunca falamos sobre. E também eu acho que se fosse acontecer, acho difícil ser algo tradicional, porque não sou uma pessoa muito de igreja, padre, essas coisas todas", disse.
E então, como seria um casamento entre roqueiros? Estilo é o que não poder faltar, e Pitty reforçou: "Eu pensaria em casar em Las Vegas, com aquele padre vestido de Elvis Presley. Tem que ser um negócio mais divertido, porque acho que o casamento em si é o que menos importa. A festa é o que é mais legal, e não a coisa do contrato".
Sobre o vestido branco, a cantora baiana garantiu que não usaria, porque não gosta muito da cor. "Não me sinto confortável, acho estranho. Acho que é mais por isso do que pela simbologia que ela traz", disse.
(Fonte: http://entretenimento.br.msn.com/famosidades/)
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
No dia seguinte, após a noite inesquecível da entrega do Prêmio Multishow, Pitty parou um pouquinho para conversar com o D+ por telefone, no aeroporto do Rio de Janeiro. Atenciosa, a cantora - com viagem marcada para São Paulo - tentou definir a alegria de dividir o palco com Gilberto Gil. "Foi intenso, maravilhoso, senti frio na barriga." Os dois fizeram homenagem à Rita Lee.
Mas não era apenas o prêmio que animava a baiana. Pitty demonstrou muita empolgação com o novo CD Chiaroscuro, trabalho que conta com 11 faixas inéditas e que está realmente muito diferente de Admirável Chip Novo (2003) e Anacrônico (2005).
"Juntamos instrumentos e ritmos musicais novos ao rock. Tem violino, castanhola, tango, soul e bolero. Acrescentamos várias ideias e ficou do jeito que eu imaginava. Adorei, e olha que sou bem autocrítica."
A música que está bombando nas rádios, Me Adora, tem ritmo leve, mas com uma letra que, para muitos, pode ser meio agressiva (ela usa a palavra foda no trecho ‘que você me adora/ que me acha foda''). Mas não para os adolescentes, segundo a vocalista. "Foda não é palavrão há muito tempo. Para a minha geração, é somente um adjetivo."
Apesar de não se considerar mulher de mandar recados, Pitty concorda que a faixa Todos Estão Mudos fala um pouquinho sobre os jovens que não lutam por nada no Brasil. "Eles nunca passaram por uma ditadura, um impeachment de presidente. São meio desligados socialmente falando. Foi só um desabafo, nada mais."
A cantora também desabafa na canção Desconstruindo Amélia, na qual fala sobre uma mulher que resolve um dia mudar (como no trecho ‘ vira a mesa/ assume o jogo/ faz questão de se cuidar''). "É uma discussão sobre o papel da mulher na sociedade."
Se alguém está esperando uma musiquinha mais romântica, pode esquecer. O trecho de Só Agora (‘deixa eu mimar você/adorar você'') engana. "A música não é romântica, é maternal. Está mais para uma canção de ninar", afirma Pitty.
O que vem por aí- Agora Pitty e sua banda - Duda (bateria), Joe (baixo) e Martin (guitarra) - estão preparando a turnê de Chiaroscuro. "Posso dizer que estamos ensaiando muito e será um grande desafio reproduzir todos os sons do CD no palco, mas vamos tentar", conta a cantora, que também revela que gravou, em espanhol, as canções Fracasso, 8 ou 80, Água Contida e Me Adora. "Vamos tocar em Buenos Aires. Foi uma brincadeira que deu certo, minha voz ficou legal, combinou."
Chiaroscuro já está bombando- Chiaroscuro (palavra italiana para claro/escuro) nem bem estreou e já faz sucesso. Pitty concorre a seis indicações no Video Music Brasil da MTV, marcado para 1º de outubro. "Fiquei surpresa e feliz."
A cantora conta que acompanha tudo pela internet e adora novas tecnologias, mas lamenta porque não tem tempo. Por essas e outras, Pitty, 31 anos, sente um pouco de falta da adolescência, mas adora a maturidade. "Hoje sei que pensava que sabia tudo, mas não era nada daquilo. Era melhor. Como dizia Elis Regina, vamos vivendo e aprendendo a jogar com o tempo."
(Fonte: Por: Marcela Munhoz do Diário do Grande ABC)
sábado, 22 de agosto de 2009
Ela acaba de lançar seu terceiro álbum, "Chiaroscuro". O título remete à técnica claro-escuro usada por Leonardo da Vinci e, segundo a cantora, sintetiza a filosofia deste novo trabalho que investe em contrastes. No site da MIX você confere a entrevista completa e ainda pode ouvir o áudio das respostas. Acesse: http://www.mixfortaleza.com.brá/ .
- A roqueira Pitty vai gravar em Salvador um dos episódios da nova série do History Channel, “Cidade secreta”. Pitty é uma das apresentadoras do projeto. O estilista Ronaldo Fraga comandará o episódio sobre Ouro Preto.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/kogut/posts/).
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Confira os vídeos da apresentação e da entrevista:
- (http://www.youtube.com/watch?v=rKe3aLARQUo)
- (http://www.youtube.com/watch?v=Mn98fH_WNWc)
A página disponibiliza também o vídeo da apresentação de Pitty no VMB de 2004 tocando 'Máscara'.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
sábado, 15 de agosto de 2009
Martin (guitarra) e Duda (bateria) concorrema prêmios individuais. Mas eles não são os únicos baianos no VMB 2009. Revelação do rock em Salvador, a banda Vivendo do Ócio concorre na categoria Aposta MTV.
Já o trio de surf-music Retrofoguetes tenta abocanhar a estatueta de melhor instrumental. Caetano Veloso não entrou na disputa musical, mas o documentário Coração vagabundo, dirigido por Fernando Grostein Andrade, está indicado ao prêmio de Filme/Documentário Musical do Ano.
O filho de dona Canô também foi lembrado numa categoria, no mínimo, curiosa. O vídeo dele caindo em um show em Brasília é um dos finalistas na lista para o prêmio Web Hit do Ano. O público pode votar nos seus preferidos no site www.mtv.com.br. Os vencedores serão conhecidos no dia 1º de outubro.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Durante o programa Acesso MTV, Pitty recebeu um telefonema e foi informada sobre as categorias que estava participando. Ficou surpreendida, repentindo várias vezes 'mentira', quando Léo Madeira anunciou que a banda concorria a 6 categorias e poderia participar de mais uma (no caso, a categoria de Videoclipe do Ano que só será divulgada no dia 04/09. E depois de citá-las, ela respondeu 'que lindo'. A cantora falou também que tinha vergonha de pedir votos, mas que acha muito bacana ganhar prêmios como forma de reconhecimento do seu trabalho.
Confira então a lista dos indicados:
- Artista do Ano:
Pitty
Nx Zero
Fresno
Seu Jorge
Jota Quest
Mallu Magalhães
Marcelo D2
Nando Reis
Os Paralamas do Sucesso
Skank
- Hit do Ano:
"Me adora" - Pitty
"Cartas Para você" - Nx Zero
"Burguesinha" - Seu Jorge
"Sutilmente" - Skank
"Fly" - Wanessa part. Ja Rule
-Aposta MTV:
Black Drawing Chalks
Mickey Gang
EMICIDA
Holger
Vivendo do Ócio
- Web Hit do Ano:
Caetano Caindo
Escolha já o seu Nerd - Os Seminovos
Funk do Joel Santana
Stephanie Crossfox
Xuxu em Pantera Cor de Rosa
- Revelação:
Cine
Copacabana Club
Garotas Suecas
Glória
Little Joy
- Melhor Show:
Arlindo Cruz
Little Joy
Marcelo Camelo
Movéis Coloniais de Acaju
Os Paralamas do Sucesso
- Blog do Ano:
(http://www.brainstorm9.com.br/)
(http://jovemnerd.ig.com.br/)
(http://blogdojuca.blog.uol.com.br/)
(http://papelpop.com/)
(http://www.sedentario.org/)
- Twitter do Ano:
Marcos Mion
MariMoon
Danilo Gentili
Mano Menezes
Twittess
- Vocalista:
Pitty
Hélio - Vanguart
Lucas - Fresno
Mallu Magalhães
Seu Jorge
- Guitarrista:
Martin Mendonça - Pitty
Gabriel Thomaz - Autoramas
Lucio Maia - Nação Zumbi
Marcelo Gross - Cachorro Grande
Sérgio Dias - Mutantes
- Baixista:
Dengue - Nação Zumbi
Lauro - O Rappa
Lelo - Skank
Rodolfo - Cachorro Grande
Tavares - Fresno
- Baterista:
Duda - Pitty
Curumin
Gabriel - Cachorro Grande
Jean Dollabela - Sepultura
Pupilo - Nação Zumbi
- Filme/Documentério Musical do Ano:
Coração Vagabundo
Dub Echoes
Loki
Simonal - Ninguém sabe o duro que eu dei
Titãs - A vida até parece uma festa
- Rock:
Pitty
Cachorro Grande
Forfun
Autoramas
Strike
- Rock Alternativo:
Holger
Black Drawing Chalks
Móveis Coloniais de Acaju
Nervoso e Os Calmantes
Pública
- Hardcore:
- Pop:
Fresno
Jota Quest
Skank
Nando Reis
Wanessa Camargo
- MPB:
Cérebro Eletrônico
Céu
Curumin
Fernanda Takai
Tiê
- Samba:
Arlindo Cruz
Diogo Nogueira
Casuarina
Mariana Aydar
Zeca Pagodinho
- Reggae:
Jimmy Luv
Chimarruts
Lei Di Dai
Natiruts
Planta e Raiz
- RAP:
EMICIDA
Mv Bill
Kamau
Relatos da Invasão
RZO
- Instrumental:
Eu serei a Hiena
Hurtmold
Macaco Bong
Pata de Elefante
Retrofoguetes
- Eletrônico:
Boss in Drama
Mixhell
Database
The Twelves
N.A.S.A
- Artista Internacional do Ano:
Arctic Monkeys
Beyoncé
Black Eyed Peas
Britney Spears
Franz Ferdinand
Green Day
Katy Perry
Kings Of Leon
Lady Gaga
Lily Allen
- Game do Ano:
Braid
Fallout 3
Little Big Planet
The Beatles: Rock Band
The Sims 3
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
1- Todos Estão Mudos
Para conferir as músicas no site: (http://beta.radio.uol.com.br/).
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
- No final do mês de setembro, Pitty fará shows na Argentina e parece que isso tem colaborado com a iniciativa da cantora de gravar músicas do novo CD, Chiaroscuro, em espanhol. Ela declarou ao site da UOL que ainda não sabe se a banda vai gravar em EP, se vão apresentá-las na Argentina ou se estão gravando somente para se divertir.
- Pitty lança 3º albúm em CD e em vinil
A cantora Pitty vai fazer hoje um pocket show em São Paulo para lançar seu terceiro álbum, "Chiaroscuro", que também sai em vinil. O título remete à técnica claro-escuro usada por Leonardo da Vinci e, segundo a cantora, sintetiza a filosofia deste novo trabalho que investe em contrastes. Após quatro anos sem lançar disco de inéditas, ela agora promove a mistura de bolero, soul e rock nas composições. A produção ficou com Rafael Ramos e entre os músicos que participaram das gravações está o violinista Hique Gómez, do grupo Tangos e Tragédias. A apresentação acontecerá na Saraiva MegaStore no MorumbiShopping, que fica na Av. Roque Petroni Jr, 1.089. O show está previsto para começar às 21 horas. (Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo.)
A Pitty veio aos estúdios da MTV para promover o novo disco Chiaroscuro (Deckdisc). Sendo assim, aproveitamos a presença da cantora e pedimos duas sugestões de livros. Anote!
→ Cartas a um Jovem Poeta- Rainer Maria Rilke -L&PM
“Primeiro, eu quero indicar Rilke - Cartas a um Jovem Poeta. Rilke é um poeta, mas esse livro mostra as cartas que ele mandava a um aspirante a poeta e fã dele. Um troca ideia com o outro, o fã pede que ele faça resenhas, dê opiniões sobre seu trabalho. Ao mesmo tempo, Rilke fala sobre as coisas simples da vida. É bem filosófico... Não tem muito o que dizer, tem que ler.”
→ Carta A D. - História De Um Amor - André Gorz- Cosac Naify
"O outro livro é Carta a D., que é escrito pelo filósofo André Gorz. Dorine (D.) é a esposa dele e eles se amaram até ficarem velhinhos. Mas um determinado dia ele descobre que ela tem uma doença incurável e vai morrer. E eles decidem morrer juntos. André escreve esse livro para mostrar todas as coisas que ele gostaria de ter feito e falado pra ela, de como o amor deles é importante... É um livro emocionante.”
Obs.: O casal cometeu suicídio em 22 de setembro de 2007.
Fonte: (http://mtv.uol.com.br/biblioteca/blog/)
domingo, 9 de agosto de 2009
Mesmo sem ter sido lançado, o novo albúm de Pitty, Chiaroscuro, aparece na lista como o albúm mais vendido do país. Em segundo lugar apresenta-se o albúm 'Caminho das Índias -Trilha Internacional da Novela' e em terceiro lugar o albúm 'Lines, Vines And Trying Times' do Jonas Brothers. Para conferir a lista completa: (http://migre.me/4SPy).
sábado, 8 de agosto de 2009
A roqueira baiana Pitty está de volta com um novo trabalho. Chiaroscuro (claro e escuro, em italiano) é um disco, segundo definição da cantora, em preto e branco. Entre baladas e faixas mais pesadas, Pitty mostra que amadureceu ao tratar de temas como amor, fracasso e feminismo. O disco tem com 11 canções, todas assinadas por Pitty em parceria com seus companheiros de banda (Joe, Martin e Duda), e foi gravado em um estúdio montado na casa de Duda, o baterista. “Eu queria fugir dos moldes tradicionais impostos pelos estúdios. Deu certo. O som ficou bacana”, diz Pitty. Me Adora, a faixa de trabalho no CD, já ganhou um vídeoclipe. Seus versos a fazem parecer uma canção de amor: "Não espere eu ir embora pra perceber, que você me adora, que me acha f....". Mas a cantora não a traduz assim. “Não é necessariamente isso. É uma situação onde a pessoa foi vítima de calúnia e está desabafando”, afirma.
No mês de setembro, Pitty volta aos palcos para apresentar o repertório de Chiaroscuro. O lançamento oficial, porém, só deve acontecer em outubro, em shows em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Em entrevista a ÉPOCA, Pitty fala sobre o trabalho em um estúdio “caseiro” e diz não ficar chateada que seu CD tenha vazado - tenha sido colocado para download gratuito - na internet. “Não adianta dar murro em ponta de faca”, diz a cantora.
ÉPOCA - Você deu um intervalo de três anos entre seu último CD e esse lançamento, que é um tempo relativamente grande para a indústria fonográfica. Por que esse intervalo? Pitty - Não foi uma decisão. Foi uma circunstância. A turnê do disco Anacrônico durou dois anos, depois veio o DVD e os shows continuaram. Queria ter parado o ano passado para gravar esse novo trabalho, mas não deu. Mas isso não me incomoda. Para mim é sinal de que meu trabalho rende. Às vezes o artista lança um disco e só tem uma música para trabalhar. O Anacrônico rendeu vários singles. Isso me deixou satisfeita.
ÉPOCA - Para gravar esse CD, vocês equiparam um estúdio caseiro. Como foi essa experiência? Pitty - Foi maravilhosa. No começo foi tudo meio maluco. Quando a gente vai gravar em um estúdio profissional, tem um monte de regras. Os produtores querem os instrumentos separados, a guitarra precisa estar em outro ambiente para o som não vazar. A gente não teve nada disso. Gravamos todas as bases ao vivo. Tentamos fugir dos moldes tradicionais. Pensei: "Será que tem que ser assim mesmo, como todo mundo diz?" Fiquei muito satisfeita com o resultado final.
ÉPOCA - Nesse trabalho, você fala de temas mais densos, como decepção amorosa, o medo diante de algumas situações da vida, fracasso. Isso reflete uma fase mais madura da sua vida? Pitty - É provável. Mas é inconsciente. É o tempo passando e a gente vivendo. Estou com 31 anos. Se eu pudesse, viraria vampira e parava agora. Mas não dá. A idade traz muita coisa boa também. Quando cheguei aos 30 anos, me senti no auge. Em todos os sentidos: físico, mental, financeiro. É uma fase plena. Mas também sinto que agora começa um processo inverso, a curva vai ao contrário.
ÉPOCA - Chiaroscuro, além de ser o nome do CD e de um método de pintura de Leonardo da Vinci, é também o nome da tela da artista Catarina Gushiken que ilustra o encarte. Ela pintou inspirada no CD? Pitty - A Catarina é muita amigo. Chamei-a para pintar no estúdio, enquanto a gente gravava. O painel foi colocado dentro do estúdio. Disse a ela que o disco era preto e branco e ela começou a pintar. Ninguém ainda viu o quadro todo. A gente extraiu trechos e colocou no encarte. É uma obra grande, pintada em madeira.
ÉPOCA - Na canção Desconstruindo Amélia você retrata uma mulher que resolve, aos 30 anos, deixar um pouco a vida de dona de casa de lado e curtir a vida. Você acha que as mulheres ainda são muito submissas? Pitty - Muitas são. Todas as minhas amigas têm esse conflito e sentem culpa por, às vezes, tentarem curtir um pouco mais a vida. Muitas tentam se livrar disso, que é algo tão antigo. As meninas brincam de boneca, que é uma preparação para a vida adulta. Enquanto isso, os meninos estão na rua, jogando bola, brincando de guerra. O maior conflito da mulher moderna é conseguir transitar entre todas essas obrigações e ser independente. As mulheres hoje trabalham fora, dirigem empresas, mas elas ainda são cobradas para cuidar da casa, dos filhos, das compras e ainda estarem lindas e maravilhosas para quando o marido chegar em casa querendo transar. Na música eu não tento resolver a questão, só tento descobrir quem são as mulheres de hoje em dia.
ÉPOCA - Na faixa 8 ou 80, você diz que se diverte mais com os culpados. Que tipo de pessoa a atrai? Pitty - Todas as pessoas que são intensas, que têm vontade de ser, de curtir a vida, de fazer o que estão afim sem ficarem preocupadas com o que os outros vão pensar. Por isso, muitas vezes, elas levam culpa. A sociedade continua tentando levar aquela vida pseudocorreta e por isso enxerga esse tipo de pessoa como culpada.
ÉPOCA - Você tem fãs jovens e na faixa Todos estão mudos, chama atenção para uma certa imobilidade dessa geração. Você acha que os jovens de hoje não têm voz? Pitty - Acho, mas não atribuí culpa a eles. Isso é fruto de tudo o que está aí ao redor. Essa geração nunca passou por grandes conflitos na política, por exemplo. Eles não viveram a ditadura, as Diretas Já, o impeachment de um presidente. Nada fez com que eles se mobilizassem. Eles se preocupam com coisas mais leves.
ÉPOCA - Mas agora estamos vivendo a crise no Senado. Nenhum jovem foi às ruas protestar... Pitty - Pois é. Poucos se mobilizam. As pessoas perderam a vontade de brigar por certas coisas. Talvez por preguiça ou por acharem que nada vai mudar. Mas essa imobilidade abrange uma questão comportamental. Todo mundo quer ser bonzinho, ninguém quer opinar sobre nada. Falar a verdade causa conflito, não tem jeito.
ÉPOCA - Os artistas também tendem a ser politicamente corretos com medo de uma repercussão negativa em suas carreiras. Você não tem essa preocupação com o que possam pensar de você? Pitty - Não. A minha preocupação é como vou me sentir e se essa opinião vai afetar as pessoas que amo. Sou o que sou. E as pessoas que estão comigo também precisam entender que sou assim, caso contrário também não as quero perto de mim. Não tenho empresário ou assessor que diz o que posso ou não falar. Nenhum deles ousaria fazer isso.
ÉPOCA - Você estabelece um contato direito com seus fãs no seu blog e no seu Twitter. Essas ferramentas, de alguma maneira, influenciam seu trabalho? Pitty - Elas ajudam o trabalho, mas não o modificam. Elas ajudam que esse trabalho chegue mais perto das pessoas. É uma comunicação sem intermediários.
ÉPOCA - Seu CD já vazou na internet. Você fica chateada com essas coisas? Pitty - Não. É a nossa realidade. Não dá para ficar dando murro em ponta de faca. Eu, por exemplo, escutei no novo CD do Arctic Monkeys que vazou na internet e não tem nem data ainda para ser lançado. Mas sei que, quando o disco estiver nas lojas, vou comprar. Sou do tipo de pessoa que gosta de ter fisicamente os discos das bandas que admiro. Mas só posso falar por mim, né?
ÉPOCA - Acha que a indústria está longe de encontrar uma solução para a pirataria? Pitty - Com certeza está mais perto do que antigamente. Mas não sei de isso vai ter fim. O que me animou foi essa proposta que foi votada na Câmara dos Deputados nesta semana (a Proposta de Emenda Constitucional da Música, aprovada nesta quarta-feira, dia 5) a favor da redução de imposto sobre a venda de CDs e DVDs. Isso é ótimo! O que engorda a pirataria é o fato de esses produtos custarem caro. Tem gente por aí ganhando salário mínimo. Não dá para tirar R$ 20, R$ 30 para comprar um CD. Se a gente consegue reduzir o preço, é um argumento a mais para você chegar para as pessoas e dizer que agora elas já podem comprar o CD na loja, e não uma cópia mal feita na rua.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
(e os pobres recorrem ao youtube .-.)
- O Pocket Show que acontecerá no dia 10/08 teve uma alteração no horário e começará às 21h30, no mesmo local (Loja Saraiva no Shopping Morumbi), com início as vendas do novo CD.
- Segundo o site da MTV, no dia 20/08 estreiará um programa especial chamado 'Videografia MTV' que conta a história das bandas e músicos brasileiros através de vídeoclipes. Pitty será a primeira a relembrar suas gravações com histórias curiosas e segredos, incluindo os clipes 'Máscara', 'Semana que Vem', 'De Você' e 'Memórias'. Além disso, serão exibidas imagens ao vivo de 'Pulsos' retiradas do seu último DVD e uma apresentação em parceria com a banda Cascadura apresentada no VMB de 2008.
- Ontem Pitty encerrou o Lab Disk MTV ficando em primeiro lugar com o clipe 'Me Adora'.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Texto: Lígia Nogueira
Fonte: (http://g1.globo.com/Noticias/Musica/)
“Se fizesse sempre a mesma coisa, eu me sentiria morta”, resume Pitty. Prestes a completar 32 anos em outubro, a cantora baiana adiciona elementos mais dramáticos ao repertório de seu terceiro álbum, “Chiaroscuro”, que chega às lojas no dia 11 de agosto pela Deckdisc. O título do sucessor de “Admirável chip novo” (2003) e “Anacrônico” (2005) define todo o conceito do trabalho. Além de significar “claro e escuro” em italiano, a expressão dá nome a uma das técnicas de pintura de Leonardo Da Vinci. “A gente sempre muda, e isso não depende tanto de idade”, diz. “É claro: quanto mais idade, mais mudança, mais maturidade, e mais paranoia. É engraçado porque a gente vem sendo preparada para chegar aos 30. Teve Balzac e todo mundo fica naquela de ‘crise dos 30’. Isso vai ficando no nosso inconsciente, mas quando chegamos lá é uma decepção”, desabafa a artista, que reflete sobre o tema em “Desconstruindo Amélia” – “resultado de uma investigação com as amigas” que foi incluída no disco. Reflexões sobre o ser humano, aliás, são tema recorrente em “Chiaroscuro”, trabalho produzido por Rafael Ramos e que levou quatro anos desde o disco mais recente de Pitty para sair. “Para os moldes ‘fastfoodianos’ de hoje em dia, quatro anos é muito tempo", diz. A formação atual de sua banda inclui ainda Duda (bateria), Joe (baixo) e Martin (guitarra).
Entrevista
G1 - Você mantém uma ligação direta com os fãs na internet.
Pitty - Aprendi a fazer post no Twitter pelo celular, agora já era. Acho legal e espero que o Twiter não fique como o Orkut, que virou uma terra de ninguém. Internet tem essa desvantagem. O bom é não ter intermediários, as pessoas ficam sabendo de coisas a respeito do meu trabalho da minha própria boca, evita ruído na comunicação. É aquela história, quem conta um conto sempre aumenta um ponto.
G1 - Vocês gravaram o disco todo em casa pela primeria vez. Como foi a experiência?
Pitty - Foi uma aventura, a gente não sabia se ia funcionar. Fomos na contramão de tudo o que todo mundo fala que tem de ter pra gravar um disco, em termos de sala, de separar os instrumentos, que para gravar a voz tem de ter aquário... Subvertemos todos os conceitos, não fizemos nada disso. No final das contas descobrimos que era uma forma mais orgânica de se fazer as coisas. Quando gravamos as primeiras músicas vimos que estava soando pra caramba. Foi a melhor coisa que a gente podia ter feito, valeu a pena ter corrido o risco.
G1 - Por que escolheram uma pintura em tela para a capa?
Pitty - A artista plástica Catarina Gushiken pintou um quadro durante as sessões de gravação. Levamos um painel gigantesco e montamos no estúdio. Foi lindo de ver. Conheço a Cata há muito tempo, desde que ela era estilista da Cavalera. Uma pintura dela específica em preto e branco me chamou anteção, porque a gente já estava nessa de chiaroscuro. Até então, a idéia era fazer uma capa totalmente branca. Seria o nosso “álbum branco”.
G1 - O título do álbum reflete a sonoridade da banda. Houve uma preocupação em equilibrar baladas e faixas mais pesadas no repertório?
Pitty - O nome do disco veio para endossar a sonoridade. Não houve uma preocupação em ficar dessa forma. A gente constatou que tinha ficado assim, não teve uma intenção. Pra mim, música calma ou música rápida, não faz diferença. O que importa é que a gente goste e esteja feliz com ela.
G1 - Faixas como “Água contida” apontam mudanças de direcionamento na sonoridade da banda, você concorda?
Pitty - Quando escrevi “Água contida” [inspirada numa ária da ópera "Carmen", do francês Georges Bizet] eu já tinha a ideia de que seria um tango e que teria violino, porque eu achava que isso combinaria com a carga dramática da letra. A canção era tipo uma “drama queen louca”. Meu esquema é não ter esquema, é estar sempre brincando com algo que me divirta. Odeio fazer a mesma coisa o tempo todo, me sinto morta. Sempre gostei de coisas assim, só que às vezes você não sabe como fazer, não pinta a hora certa.
G1 - Quais foram suas referências musicais?
Pitty - Gosto de muita coisa diferente. Do mesmo jeito que eu adoro Queens of the Stone Age, eu também amo Schumann. Gosto de música clássica, eu estudei em conservatório. Adoro Billie Holiday e Pantera. As pessoas nunca vão saber de fato do que você gosta, porque são poucas linhas para falar de tanta gente. Essas coisas sempre apareceram em doses homeopáticas no meu trabalho. “Sombra”, por exemplo, tem um climinha, é mais hipnótica, como um mantra.
G1 - “Todos estão mudos”, que fecha o disco, é uma crítica a alguma situação específica?
Pitty - Nesse caso, eu fiz primeiro a parte instrumental. A harmonia toda, o riff. Quando ficou pronta, descobri que era uma canção de guerra, tinha um clima épico meio Sérgio Leone, e ao mesmo tempo meio tribal. A letra tinha de ser um hino, tinha de ter a mesma pegada. Aproveitei pra desabafar uma sensação que eu tenho de que na minha geração ninguém fala nada. As pessoas têm medo de dar opinião, porque o fato de ter uma opinião sobre alguma coisa virou ofensa pessoal. Você tem de ser politicamente correto o tempo todo, não ofender ninguém, não fumar, não beber e não nada. Isso me deixa aflita, porque acho que não é verdade, está todo mundo se reprimindo pra caramba. Aí veio a brincadeira com o Roberto Carlos. Se na época dele ele achava que todos estavam surdos, acho que na minha está todo mundo meio mudo.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Texto: Nilma Gonçalves // Foto: Caroline Bittencourt
Fonte: (http://correio24horas.globo.com/noticias/)
Os fãs estão em contagem regressiva: chega às lojas, no dia 11, Chiaroscuro, o novo álbum de Pitty e um dos lançamentos mais aguardados do semestre. Considerada a cantora mais representativa para o rock nacional da atualidade, a baiana deve surpreender fãs (e agregar novos admiradores), com um disco mais sonoramente equilibrado, fruto do amadurecimento natural que os anos sabiamente proporcionaram.
Mas que fique claro que o som de Pitty não perdeu o peso e o vigor quase adolescente. Eles apenas se manifestam de formas diferentes.“O conceito de peso e leveza tem modificado muito com o passar do tempo para mim. Hoje em dia, a meu ver, o pesado é o denso”, explica ela, que concedeu a entrevista por telefone, de sua casa em São Paulo. De fato, pode-se dizer que Chiaroscuro é o trabalho mais denso da roqueira, com letras bem elaboradas e uma maior variedade de estilos (vai do hardcore ao tango). E, apesar do discurso rebelde e contundente, sua marca registrada, Pitty mostra uma face mais doce e tranquila, traduzindo o conceito chiaroscuro (o claro e o escuro) não apenas em um produto, mas no momento atual de sua vida - “consequência do tempo”, diz.
Ela confirma a diferença de comportamento e de atitude deste para os dois álbuns anteriores (Admirável chip novo, de 2003, e Anacrônico, de 2005): “No primeiro, eu ainda não tinha tido uma experiência profissional, não conhecia direito a minha voz, que tipo de sonoridade eu queria. No segundo, já sabia mais ou menos o que buscava e, nesse terceiro, houve um aprofundamento dessa busca”, admite.
Pitty acredita que a música seja uma válvula de escape e de vazão de ideias. Dessa forma (e como de costume), as letras são pessoais, dando mais pistas do seua madurecimento como artista e como pessoa. A exposição dos sentimentos e sensações, no entanto, não incomoda a cantora: “Você não pode ter receio quando escreve. Escrever é isso, é colocar pra fora os sentimentos, é um modo de confessar certas coisas”, diz a fã de Clarice Lispector e leitora voraz. “Leio compulsivamente. Chego a até dois livros por semana, a depender do meu tempo livre. Sempre tenho um livro na bolsa”, conta. Não à toa, são muitas as citações a autores em suas músicas, o que, segundo ela, é uma forma de homenageá-los.
Durante o período de produção de Chiaroscuro, além dos livros, Pitty teve a companhia de CDs da banda TV on the Radio, da (atriz e) cantora Scarlett Johansson, além do Queens of the Stone Age e de artistas da Motown, “coisas com mais textura e clima”, que acabaram refletindo no resultado final do álbum.
- MULHERZINHA
Aos 31 anos, Pitty parece estar, digamos, mais mulherzinha. “Com o tempo, você aprende que ser mulher e feminina não é ser fraca. Tô conseguindo me afirmar como mulher de uma forma mais legal, sem agressividade. A feminilidade é um exercício constante”, entrega. Isso se reflete também no seu estilo. O visual adolescente rebelde, com suas botas coturno, cabelão e maquiagem pesada, perdeu lugar para um lookclean, comum cabelo moderno e roupas variando entre vestidos românticos e shortinhos.
Ela admite que gosta de moda “sem exageros” e acredita que o jeito de se vestir é também uma forma de comunicação. Os modelos dos vestidos, na maioria das vezes, saem da cabeça da cantora, que os desenha e entrega para as amigas estilistas costurarem. Questionada se não tem interesse em lançar sua própria grife, afirma: “Minhas amigas vivem sugerindo isso, mas não viajo muito nesse lance, não. Mas, como a vida é longa, quem sabe, né?”, considera a baiana.
Pitty preserva a atitude rocker que a consagrou e, na música Desconstruindo Amélia, deixa evidente a sua veia feminista. A letra fala de uma mulher que, cansada de servir e ser submissa, “vira a mesa, assume o jogo, faz questão de se cuidar”. Namorando há três anos Daniel Weksler, baterista da NX Zero, será que ela não tem nem um pouquinho daquela Amélia de Mário Lago e Ataulfo Alves? “Em doses homeopáticas, no lance de cuidar da casa e do seu homem, posso até ter, é legal. Mas não conseguiria viver cuidando de casa, cozinhando todo dia...”, confessa ela, que divide seu apartamento com três gatos - Frida, Grace e Chaplin.
- RETIRANTES
Morando há cinco anosemSão Paulo, Pitty está cercada de baianos. Desde os músicos (Joe, baixista; Martin, guitarrista; e Duda, baterista) até amigos que, assim como ela, foram tentar a carreira artística na capital paulista. “São os retirantes da seca cultural de Salvador”, define a cantora, que acaba não apenas convivendo com essas pessoas, mas convidando-as a trabalhar com ela.
O videomaker Ricardo Spencer, responsável por alguns dos seus clipes e, mais recentemente, do vídeo da música Me adora, é um exemplo disso. “Conheço Spencer desde que eu tinha 15 anos, quando eu nem sonhava em ser cantora”, conta e complementa: “Eu prefiro trabalhar com os meus, pois nada melhor do que estar com quem a gente ama, pessoas que já conhecemos e sabemos que são capazes”.
O pouco tempo livre a impede de vir a Salvador com mais frequência, mas Pitty diz que sempre que pode dá um pulinho na cidade natal, para “visitar os amigos, ir ao Pós tudo (restaurante do Rio Vermelho) e ver shows”. Na última vez em que veio à capital baiana, há pouco mais de um mês, ela fez as vezes de DJ numa festa alternativa.
“Não costumo discotecar, mas amei. Vou ver se faço isso mais vezes”. E sobre o rock baiano, o que tem ouvido? “Irmãos da Bailarina, Vivendo do Ócio e Retrofoguetes”.Quanto à turnê Chiaroscuro, que começa em setembro, os baianos vão ter que esperar mais um pouco. Ainda não foram confirmados shows por estas bandas.